segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Vida como ela não é




Acredito que dentro da Vida de cada um exista uma coisa única que independe do meio coletivo em que vivemos, o nosso Mundinho Particular, onde não existe certo ou errado, onde o chiclete que você mastiga não é igual ao meu.

Se você perguntar para uma Socialite de um restaurante badalado da rua Amauri o que é a VIDA, como ela o faria? Pare por um instante e imagine!

E se fizessemos a mesma pergunta para um delegado da Homicidios, como ele descreveria? ....trash!

E para você, o que é a VIDA?

Acho interessante a Concepção Nietzsche de Niilismo, a desconstrução do Cristinismo, mas isso não é assunto pra agora, ninguém gosta de fritar o cérebro antes do almoço. Fritopãns!



...




Eu sempre me pergunto..o que será que o Sidney Magal esta fazendo nesse exato momento? ou então, será que o Dalai Lama se masturba? Será que a Hebe Camargo ja usou drogas?

Cada um de nós vive em uma redoma de vidro, em um mundinho particular, onde só vemos o que queremos. Não importa se você viajou o mundo ou se você nunca saiu de Carapicuiba, não importa.

Se você apontar para uma nuvem e perguntar para uma criança o que ela ve, ela provavelmente vai descrever um animal, uma casa, um brinquedo....um adulto descreveria uma nuvem, alguns adultos nada, a maioria das pessoas estão cegas, outras estão surdas, outras estão mortas.

Eu sempre tento me colocar em pontos de vista diferentes, graças a um professor de Criatividade (Sr. Pedrebom) que mandava assistir as aulas de cima de uma escada ou então sentado na mesa dele. Esse cara era Phoda, um senhor de uns 70 anos, gravata borboleta, suspensórios, bengala, olhos claros e uma cabeça genial.

Tento descontruir o mundo a cada instante, sigo desorganizando pra depois me organizar. Cheio de crenças que se desfazem e se constroem a cada dia.

As pessoas mais interessantes que conheci na vida, eram cheias de defeitos, mas todas tinham uma coisa em comum...

..AMOR...

....e assim sigo vivendo.


por Thiago Bianco

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O dia que conheci Silvio Santos



Me lembro bem desse dia
, afinal, não é todo dia que encontramos Silvio Santos ou tomamos um café com o Lombardi
Bom, vou contar como tudo aconteceu e como fui parar no programa Qual é a música?

Ano passado estava ficando com uma menina que trabalhava como produtora do SBT, ela me convidou varias vezes para participar do programa, eu neguei todas...claro, puta mico!
Até que fiquei sabendo que o prêmio era de 3 mil reais. Ops! Na hora, tópo porque não, vamo cai pra dentro!

Aceitei o convite, agendamos para o dia 28/11/07, um dia depois do meu aniversário ...imagina! Acordei ainda com sequelas do dia anterior, as 7 em ponto a van do SBT estava na porta de casa e para minha surpresa um amigo estava no carro, ele ficou sabendo que eu ia e pediu para ir junto.

Chegando no SBT um figurino da Praça é Nossa, foi emprestado para mim, acho que minha roupa era muito underground para a ocasião. Enquanto o programa não começava fui apresentado ao Lombardi...gente finissimaaaa! Ele é um senhor meio espanhol, meio baixo, meio corcunda e meio carente. Um famoso anonimo...que quando via a gente do outro lado do estúdio soltava aquela voz inconfundivel e dizia:
-- Olha lá o Thiagão, o amigãooooooooooooooo da galera!
olha o Lomba na foto- Engraçado demais ouvir e ver aquilo...não dava pra acreditar.
Chegou a hora de começar o programa, acho que todo mundo sabe como funciona o Qual é a música? Ficam 5 pessoas no palco, começa tocar um música, ela para e a pessoa tem que continuar a cantar de onde parou.

O programa ja esta no ar, eu ja no palco...la vem ele
Ele chega com sua pele cor de rosa, nenhum fio de cabelo fora do lugar, uma postura ereta, uma puta presença de palco, e uma energia que contamina, prende o foco e faz com que você nnao desgrude os olhos dele. Ele aperta firme a minha mão, olha na bolinha do meu olho, me chama pelo nome e pergunta: ma..ma...mais Thiago, você está preparado? Vc tem certeza disso? Valendooo..

Juro que nessa hora fiquei cego, era tanta luz e camera em cima de mim que pensei que ia dar merda, rolou um nervous punk! Acertei a primeira música era uma marchinha de carnaval, acertei a segunda, a terceira, a quarta....CARALHO! tava acertando tudo..nessa hora da pra ver perveitamente no video que meu amigo ta me dando uns beliscões e dizendo: -- Se você ganhar a gente RACHA!...Adrenalina bateu essa hora, logo em seguida meu amigo errou, nåo lembrou a música....pronto! Eu estava na FINAL. Imagina a cena e como estava a minha cabeça, era final de novembro, eu estava desempregado, sem um puto, tinha terminado um namoro......era o Gran Finale, ia pegar aquela grana e passar a virada do ano na Bahia que nem Rei, meu Rei! Ta acompanhando, né!?

Mas um desastre estava por vir.
Final da competiton, Eu versus uma Mina, eu começo...
O som que entra é agradável aos meus ouvidos, a melodia é linda...e o melhor de tudo, eu conheço essa música......é o Rei que esta cantando, Roberto Carlos.
A vez é minha, sigo cantarolando baixinho só acompanhando a música..na maciota, tudo está em perfeita
harmonia, eu sei a letra, vou ganhar essa grana, eu sou PHODA!

A música para.

Fodeu! Phodeu!
Black OUT! Não lembro em que parte a música parou..
A platéia em silêncio aguarda o meu triunfo.

Levanto as mãos como quem sabe que tudo está perdido e disparo um PutaQuePariu já meio longe do microfone. Saio puto e rindo do palco, com 100$ no bolso.


por Thiago Bianco










quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eu queria ser um Peixe



tic, tac, tic, tac...TRIMMMMMMM!

7:30hs, hora de acordar afinal de contas hoje é
o dia que decidi começar a nadar, dormi com a janela aberta estratégicamente para a luz entrar no quarto pela manhã, assim fica mais facil para eu levantar. Gosto de dormir, só não gosto de ir dormir, demoro a pegar no sono, sou notivago, desperto a noite....quero resolver a minha vida quando deito a cabeça no travesseiro, ai já viu, fode tudo.

Mas estou disposto a mudar isso e hoje consegui acordar, tomei meu café e parti em direção ao SESC Vila Marihuana. La rola uma piscina semi-olimpica aquecida
, o espaço é dividido entre a turma da hidroginastica, composta pelos jovens da terceira idade, grupos de fisioterapia, geralmente uma ou duas pessoas acompanhadas de um fisio e duas raias para natação estilo livre, sendo que uma para iniciante e outra para nadadores avançados, que é o meu caso, claro.

Não que eu seja um Gustavo Borges Motherfuc
ker Olympic Swimmer , mas nado bem. Lembro que na minha infância sempre frequentei as aulinhas de natacão da tia Jurema, uma puta de uma gostosa, diga-se de passagem, but i was just a little boy.

Cheguei a participar de alguns campeonatos e ganhei algumas medalhas que por sinal não sei onde estão, provavelmente no lixo...não tenho como provar, mas acreditem em mim, gente, é sério!

Minha relação com a água é algo mágico...vital.
Se você perguntar para uma criança o que ela quer ser quando crescer, ela vai responder provavelmente que quer ser jogador de futebol, médico, bombeiro..............eu respondia que queria ser um Peixe.

Cheguei até a colecionar Tocas de Natação dos mais variados modelos, tinha toca de pano, de lycra, de borracha, transparente, verde-limão, tinha até uma toca que o tia do primo de um amigo meu trouxe do Paraguai e tocava música, pra você escutar enquanto nadava, essa fez um sucesso entre minha turma, mas o engraçado é que nunca funcionou.

Nunca gostei muito de competição, gosto de desafios, de superar meus limites, ver até onde posso chegar, mas competição EU versos ALGUÉM, não curto. Acho que por isso abandonei minha carreira promissora no mundo da natação.


Sempre fui fascinado por um grupo de saltadores ornamentais chamados de " Aqualoucos ", quem me apresentou eles foi o Armando um amigo muito gordo e beberrão do meu Pai, um cara muito gente BOA. Puts, como eu adorava aquelas acrobacias e cambalhotas feitas no trampolim, aquilo era incrível, um circo sobre as águas. Cheguei a dar meus pulos, um mortal e meio da pranchinha, mas quando cai pra fora da piscina vi que era hora de parar. Hoje vou de Crawl e volto de Costas.

por Thiago Bianco

terça-feira, 6 de outubro de 2009

São Paulo: Babilonia dos Boçais


Nascido e criado na "terra da garoa", onde a coruja jamais dorme, mesmo porque em São Paulo não tem coruja.
Em Sampa, transito da boca do lixo as bocas de luxo, na contra-mão, no contra-fluxo, a procura de algo quem já nem lembro mais o que é.

São Paulo, um rio de carros, uma selva de favelas, uma puta na esquina, uma festa na viela, um crente na Sé outro no minhocão, camelos apanhando na Av São Joåo.

São Paulo frenética, alucinógena, suja, de um povo heróico bravo e repugnante, cidade caos que nunca dorme..talvez por isso esteja esgotada.

Do Capão a Perdizes em São Paulo, DEUS é uma nota de Cem, mas existem coisas que o dinheiro não pode comprar, para todas as outras existe o CRIME ORGANIZADO.

Música barata, paletó, terno e gravata, gel no cabelo, cara fechada, puto da vida, puto por nada, puto por tudo, puta paga...

Em São Paulo as pessoas vivem com medo, trancadas nos seus apartamentos no 15 andar, com grades em todas as janelas, dois olhos mágicos e seis trancas em cada porta.

Eu não gosto de viver em São Paulo, 0 cotidiano acelerado me irrita, pior do que a mesmice é perder o controle dentro desses dias tão iguais sempre fazendo tudo correndo, sempre sem tempo pra nada.


...As vezes minha vida escorre feito água pelos dedos, no silêncio mais profundo escuto minhas aflições soando aos ouvidos assim como um Heavy Metal Pesado.

Não confio em ninguém e não gosto nada disso,
todo mundo está com pressa, o homem a mulher e o cão..
Não confio em ninguém e não gosto nada disso, DEUS tem sim é paciência, mas EU não.

por Thiago Bianco




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Paraisos Artificiais


Existem vários tipos de vícios, seja em chocolate, sexo, alcool, tabaco, drogas, remédios farmacológicos, claptomania, mentira, auto-flagelação....enfim, poderia ficar aqui algumas horas citando alguns exemplos, mas vamos em frente.

Essa semana, terminei de ler o livro
As Portas da Percepção de Aldous Huxley, escritor que ficou conhecido como o pai da contra cultura por relatar suas experiências com LSD e mescalina em 1953. O nome da banda the Doors vem desse livro.


O livro não me agradou muito, geralmente coisa antiga não me agrada, mas tem passagens fantásticas de como a percepção de tempo e espaco é relativo de acordo com o estado vibracional em que a pessoa se encontra, o quanto o pensamento, a alimentação e o estado de espirito determinam o céu e o inferno de cada indivíduo..ou então como Huxley afirma em 1953 de que
A maioria das pessoas tem uma vida tão chata e mediocre que dependem de Paraisos Artificiais para serem felizes.
pura ilusão a qual vivemos até os dias de hoje.
Frenéticamente ainda nesse tema, assisti um filme, dois alias, um da decada de 80, Geração Prozac, conta a historia de uma garota muito inteligente, estudante de jornalismo de Harvard, e também jornalista da revista Rolling Stones.....resumindo, ela começa a ter crises existencias, depressivas e suicidas...onde só consegue levar uma vida normal dependendo de medicamentos anti-depressivos. Mostra o quando a loucura pode ser sutil. Mais de 300 milhões de anti-depressivos são receitados todo mes no mundo todo.

O outro filme, The Doctor, conta a história de um Piscicologo (Kevin Spacey) um cara bem sucedido, escritor bestseller de livros de auto-ajuda que só atende celebridades.
Mas por outro lado, é infeliz, viciado e não sabe lidar com o fato de que sua esposa se suicidou. triste




Finalizando, eu estou tentando digerir toda essa quimica que absorvi (literalmente) ao longo dos meus 30 anos de vida e tentando acreditar (e não surtar) que as pessoas não precisam de Paraisos Artificiais para serem felizes........muito desse veneno foi criado e imposto por uma
Socieade Pharmacopata que adoeceu lentamente perdendo o sentido da vida e não sabe como voltar atras ...... SONHAR é PRECISO, a loucura faz parte de cada desafio, não se perder também, vencer nossos medos é buscar a nossa essência no fundo de nossas almas e encarar a VERDADE.

por Thiago Bianco